sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

A joça

A JOÇA "No ceu há uma nuvem densa carregada e cheia de mágoas. Do seu frio esparze a chuva. Toca-me com seus ventos turvos sorrateiro, austero e fugaz. Desfalecendo este corpo nú, despido de energia e sanidade. Desagasalhado, enfraquecido. Susurrando versos na cadência de tosses, cuspes e catarradas. Deliberando toda a minha mácula Por este pobre mundo podre. Esta solidão leprosa. Aprecio nos bosques os jardins de cancros flores fétidas, murchas, tenebrosas. Eu sou um adoecer silencioso e a minha sina é a joça". By Luã Malco

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