terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

De volta, é Vida!

Deus, sopre estas narinas,
E traga esse barro à vida
Esse barro de carne e osso,
Da lama do fundo do poço.

Nesta lama molhada jaz uma poça.
Suja, encardida, repleta de moscas.
Deus, entretanto, que tu me ouças
Não deixe este boneco aqui atolar.

Pois, quando o céu está cinza e pesado
Vossas lágrimas derramam-se na terra.
E Pode ser vista lá de cima daquela cerra
A tamanha grandeza deste lambuzado.

E os meus olhos de terra, a terra há de comer
E minhas mãos sujas não pode nada tanger.
Esses dedos lambuzados de lama e sangue,
Nem consegue misturar-se ao lodo do mangue.
Nem consegue misturar-se ao lodo do mangue.
Nem consegue misturar-se ao lodo do mangue.