quarta-feira, 6 de julho de 2011

Das folhas aos ventos

Uma folha caída, uma folha que cai!

Uma folha, uma vida! Uma vida se vái!

Das folhas aos ventos, provém o chiar

Arrastando as folhas, carregando o ar"

Sopra contra pedra areia e cimento..

Mas nada resiste a o sabor dos ventos!

terça-feira, 28 de junho de 2011

"O grãozinho de poeira disperso no ar"

"Eu sou um grão de poeira disperso no ar!
Pois, se coloiando com outros iguais eu viro até núvem.
Contudo, fixo no chão, eu sou quase areia.
Mas, se um dia a agua passar e me levar em direção ao mar,
mesmo exangue nas profundezas, ainda serei um grãozinho
à mercer das correntes abissais; um grãozinho repleto de esperança de um dia sucumbir e vislumbrar o sol da superfície do mar"

domingo, 1 de maio de 2011

No vai-e-vem das emoções

Nunca mais eu parei para pensar em mim mesmo. Certamente eu vivi esses dias felizes, bastante felizes, muito felizes, alegres e contentes o suficiente para esquecer meus importantes momentos de introspectividade e desconhecer-me completamente.
Por isso, esqueci quem eu sou realmente; esqueci o meu caminho, esqueci de quem e de onde eu sou. Os dias ficaram curtos. A alegria entorpeceu-me de tal maneira, que o tempo e o espaço encurtaram-se. De repente, acordei e já era outro dia. De tão de repente, tão rápido, efêmero, passou-se um ano que nem sequer senti o seu gosto na superfície da língua. E as murmúrias de uma época intensa, de profundidade mórbida, criatividade e sentimental, açoitam minhas noites todos os dias antes do meu leito de sono. Pois, sinto saudades de mim mesmo que partiu tão de repente. Partiu completamente repartido, pedaços de pedaços, estilhaçados espalhados por toda parte, uma sujeira empoeirada no piso esperando pela varredura total para em fim ser colocado no seu devido lugar na pá e, por conseguinte, no lixo.
La nas profundezas abismáticas e fantasmagóricas internas, ainda jáz um menino que ainda nem nasceu. Nascerá virtualmente morto. Nascerá para morrer aos poucos, sofrer e gozar em um turbilhão de contradições. Pois quando imerso no leito da vida, no vai-e-vem das emoções, nas embravecidas ondas da existência, estará lá uma criança chorando com fome em busca do seio, do aconchego, da proteção. Levado à Saciar a sua fome e matar a sua sede todos os dias.
Mas, quando estou de bem comigo mesmo é bem confortável, prazeroso, um êxtase. Quando estou completamente embebido nas águas tranqüilas, tudo que eu quero eu posso e o que eu não posso de repente me vêm. Como aquele navio desenhado no horizonte azul, parece imóvel e de repente se vai ou se vêm. Estar contente é um sentimento só, uma totalidade, é uma coisa difícil de explicar, pois, quando alegre eis uma letargia, sensação de completo, uma perfeição, um delírio. Quando triste, uma riqueza, uma profundidade, nós percebemos os sentidos.
Eu me olho no espelho todos os dias, e não vejo aquela criança mais, não vejo o eu jovem e o eu adulto, certamente eu não me vejo mais. É outra pessoa ali. Estão me enganando, eis um truque. Lembro-me daquele dia em que segurei na cabeceira da cama como medo de o bicho papão me levar embora, lembro daquele dia em que me segurei nas bordas da cama com medo de o mundo ficar de cabeça para baixo e girando, girando, e girando... No vai-e-vem das emoções....

segunda-feira, 21 de março de 2011

Memórias de minha cabeça

Eu não sei véi!
A lingua é diferente!
Eu lembrei da poesia que a galera recitou lá em cachoeira: " a buceta cabeluda é um bucetão, uma buceta que cabe na palma de minha mão".
Sem sucesso!
Futebol? Onde é a interrogação?
Essa menina na acedemia... com a a roupa apertadinha, que coisa viu! - A prima dela tem uma voz enjoada, aquela que luã pegou...
Que horas vão chegar... Estou aqui stressado... é maluquice.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

De volta, é Vida!

Deus, sopre estas narinas,
E traga esse barro à vida
Esse barro de carne e osso,
Da lama do fundo do poço.

Nesta lama molhada jaz uma poça.
Suja, encardida, repleta de moscas.
Deus, entretanto, que tu me ouças
Não deixe este boneco aqui atolar.

Pois, quando o céu está cinza e pesado
Vossas lágrimas derramam-se na terra.
E Pode ser vista lá de cima daquela cerra
A tamanha grandeza deste lambuzado.

E os meus olhos de terra, a terra há de comer
E minhas mãos sujas não pode nada tanger.
Esses dedos lambuzados de lama e sangue,
Nem consegue misturar-se ao lodo do mangue.
Nem consegue misturar-se ao lodo do mangue.
Nem consegue misturar-se ao lodo do mangue.