segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Batas-asas Besouro

O agouro é presente
Nos Gemidos vindouros.
No coração d’agente
Batas-asas besouro.

O agouro de novo
Livro negro do amor
Uma cruz, uma luz.
Poça de pus. Corpus Reluz!

Zunindo a carrapeta
Mortalhas de concreto
Os silvos longínquos
E os olhos no teto

O inocente tem sua culpa.
O velho tem a sua morte.
O sofrer alheio faz sentir-me uma mosca sem azas.
E ainda me sinto livre e vivo.