tag:blogger.com,1999:blog-85465846450816081522024-03-26T00:36:14.163-07:00Bolo de Pirão PerdidoEste blog tem apenas uma finalidade. É o intuito de passar um pouco de arte para nossa comunidade coletiva participante deste grande infinito possível que é a NET. Contemplem....Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-24149226577156618502019-01-25T10:14:00.003-08:002019-01-25T10:29:05.748-08:00Voltando para mim"É no apagar das luzes, na penumbra sombra e desolação, donde suas forças aparentemente já passaram de um ponto crítico ao se desfalecer e se esvair por completo, um quadro pelo qual a vida ia perdendo o seu sabor natural, e ainda assim algum motivo sobrenatural fazia com que o seu corpo continuasse andando, aliás, perambulando sem cair, cambaleando, tentando e tentando como um morto-vivo apenas guiado por uma inexplicável vontade de ainda existir, embora perdido e assustado num mundo aparentemente hostil, é que, acontece algo inexoravelmente especial, daquele tipo de fenômeno que só ocorre apenas uma vez na vida, seja por questão de sorte ou pelo fato de que tinha que acontecer alí naquele específico instante, mas o que importa é que aconteceu, de tão perplexo, pude olhar para mi mesmo e redescobrir o verdadeiro significado de existir: conhecer a pessoa que eu ja fui, a que eu sou, e àquela que eu estou tentando um dia ser."
By- Luã MalcoBolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-53794779645082364532019-01-25T09:57:00.000-08:002019-01-25T10:00:12.558-08:00A joçaA JOÇA
"No ceu há uma nuvem densa
carregada e cheia de mágoas.
Do seu frio esparze a chuva.
Toca-me com seus ventos turvos
sorrateiro, austero e fugaz.
Desfalecendo este corpo nú,
despido de energia e sanidade.
Desagasalhado, enfraquecido.
Susurrando versos na cadência
de tosses, cuspes e catarradas.
Deliberando toda a minha mácula
Por este pobre mundo podre.
Esta solidão leprosa.
Aprecio nos bosques os jardins de cancros
flores fétidas, murchas, tenebrosas.
Eu sou um adoecer silencioso
e a minha sina é a joça".
By Luã MalcoBolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-2158554887481655302012-05-22T15:25:00.001-07:002019-01-25T09:58:32.282-08:00Sem título
"Eis uma flor que agora corta
Corta, com Pétalas de navalha
Sem espinhos e cores vivas
Mas, com o leves contrastes
De sengue seco e ferrugem
Encrostados no pano de fundo
Cinza e fúnebre do aço frio"
(By Luã Malco - sem título)Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-68065708793217866692011-07-06T20:50:00.000-07:002011-07-06T20:50:12.174-07:00Das folhas aos ventosUma folha caída, uma folha que cai!<br />
<br />
Uma folha, uma vida! Uma vida se vái!<br />
<br />
Das folhas aos ventos, provém o chiar<br />
<br />
Arrastando as folhas, carregando o ar"<br />
<br />
Sopra contra pedra areia e cimento..<br />
<br />
Mas nada resiste a o sabor dos ventos!Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-36632624356210403282011-06-28T13:08:00.000-07:002011-06-28T19:38:05.243-07:00"O grãozinho de poeira disperso no ar""Eu sou um grão de poeira disperso no ar!<br />
Pois, se coloiando com outros iguais eu viro até núvem.<br />
Contudo, fixo no chão, eu sou quase areia.<br />
Mas, se um dia a agua passar e me levar em direção ao mar,<br />
mesmo exangue nas profundezas, ainda serei um grãozinho<br />
à mercer das correntes abissais; um grãozinho repleto de esperança de um dia sucumbir e vislumbrar o sol da superfície do mar"Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-39732881718109532792011-05-01T06:29:00.001-07:002011-06-28T19:25:13.212-07:00No vai-e-vem das emoçõesNunca mais eu parei para pensar em mim mesmo. Certamente eu vivi esses dias felizes, bastante felizes, muito felizes, alegres e contentes o suficiente para esquecer meus importantes momentos de introspectividade e desconhecer-me completamente.<br />
Por isso, esqueci quem eu sou realmente; esqueci o meu caminho, esqueci de quem e de onde eu sou. Os dias ficaram curtos. A alegria entorpeceu-me de tal maneira, que o tempo e o espaço encurtaram-se. De repente, acordei e já era outro dia. De tão de repente, tão rápido, efêmero, passou-se um ano que nem sequer senti o seu gosto na superfície da língua. E as murmúrias de uma época intensa, de profundidade mórbida, criatividade e sentimental, açoitam minhas noites todos os dias antes do meu leito de sono. Pois, sinto saudades de mim mesmo que partiu tão de repente. Partiu completamente repartido, pedaços de pedaços, estilhaçados espalhados por toda parte, uma sujeira empoeirada no piso esperando pela varredura total para em fim ser colocado no seu devido lugar na pá e, por conseguinte, no lixo.<br />
La nas profundezas abismáticas e fantasmagóricas internas, ainda jáz um menino que ainda nem nasceu. Nascerá virtualmente morto. Nascerá para morrer aos poucos, sofrer e gozar em um turbilhão de contradições. Pois quando imerso no leito da vida, no vai-e-vem das emoções, nas embravecidas ondas da existência, estará lá uma criança chorando com fome em busca do seio, do aconchego, da proteção. Levado à Saciar a sua fome e matar a sua sede todos os dias.<br />
Mas, quando estou de bem comigo mesmo é bem confortável, prazeroso, um êxtase. Quando estou completamente embebido nas águas tranqüilas, tudo que eu quero eu posso e o que eu não posso de repente me vêm. Como aquele navio desenhado no horizonte azul, parece imóvel e de repente se vai ou se vêm. Estar contente é um sentimento só, uma totalidade, é uma coisa difícil de explicar, pois, quando alegre eis uma letargia, sensação de completo, uma perfeição, um delírio. Quando triste, uma riqueza, uma profundidade, nós percebemos os sentidos. <br />
Eu me olho no espelho todos os dias, e não vejo aquela criança mais, não vejo o eu jovem e o eu adulto, certamente eu não me vejo mais. É outra pessoa ali. Estão me enganando, eis um truque. Lembro-me daquele dia em que segurei na cabeceira da cama como medo de o bicho papão me levar embora, lembro daquele dia em que me segurei nas bordas da cama com medo de o mundo ficar de cabeça para baixo e girando, girando, e girando... No vai-e-vem das emoções....Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-8067699906627885972011-03-21T13:47:00.000-07:002011-03-21T13:47:15.097-07:00Memórias de minha cabeçaEu não sei véi! <br />
A lingua é diferente!<br />
Eu lembrei da poesia que a galera recitou lá em cachoeira: " a buceta cabeluda é um bucetão, uma buceta que cabe na palma de minha mão".<br />
Sem sucesso! <br />
Futebol? Onde é a interrogação?<br />
Essa menina na acedemia... com a a roupa apertadinha, que coisa viu! - A prima dela tem uma voz enjoada, aquela que luã pegou...<br />
Que horas vão chegar... Estou aqui stressado... é maluquice.Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-45919946056154922242011-02-01T16:57:00.001-08:002011-02-01T16:57:26.854-08:00De volta, é Vida!Deus, sopre estas narinas,<br />
E traga esse barro à vida<br />
Esse barro de carne e osso,<br />
Da lama do fundo do poço.<br />
<br />
Nesta lama molhada jaz uma poça.<br />
Suja, encardida, repleta de moscas.<br />
Deus, entretanto, que tu me ouças<br />
Não deixe este boneco aqui atolar.<br />
<br />
Pois, quando o céu está cinza e pesado<br />
Vossas lágrimas derramam-se na terra.<br />
E Pode ser vista lá de cima daquela cerra<br />
A tamanha grandeza deste lambuzado.<br />
<br />
E os meus olhos de terra, a terra há de comer<br />
E minhas mãos sujas não pode nada tanger.<br />
Esses dedos lambuzados de lama e sangue,<br />
Nem consegue misturar-se ao lodo do mangue. <br />
Nem consegue misturar-se ao lodo do mangue.<br />
Nem consegue misturar-se ao lodo do mangue.Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-18261587773170147542010-12-03T12:23:00.000-08:002010-12-04T18:00:36.332-08:00Pequena Lua partida!À primeira vista, é claro que não! Já nos vimos outras vezes, de certo, parecia, quando um magnetismo sutil me atraiu para a pequena orbita daquele corpo, celeste, lunar. Nem tão grande como uma estrela, nem tão incerto quanto um cometa, mas que brilhava sua paira na superfície de um planeta, alimentando ondas, marés e mitos; alumiando o curso dos viajantes noturnos, resplandecendo a noite dos românticos, pintando na água um quadro com seu reflexo, deixando admirados os olhos nus perante sua tamanha magnificência. <br />
Daqui de baixo, é grande como o sol. Mas, dos quintos longínquos da galáxia é um grão de luz quase que invisível. De perto, entretanto, é maior que qualquer outro corpo celeste. Até parece que o tamanho importa para os SERES incomensuráveis. As grandezas são apenas pontos de vistas, e desse ponto que estou agora observo que a luz está partida. E para onde foi a outra parte? De fato, esta lua é minguante. Sei que em algum canto desse planeta imenso ela estará cheia. Mas para quem ela reserva toda sua luz por completo?<br />
A lua é a figura de uma admiração momentânea que fiz junto com “ela” numa noite calorosa. Ela também é parte de meu nome e é símbolo do carma, nosso carma, nossa história, que de tempo em tempo, se finda nas profundezas de nossas almas através da memória; lua que de tempo e tempo abraça a luz do sol garantindo luz no firmamento da escuridão para os vivos que fogem da opacidade. <br />
Se eu não posso me deslocar, se eu não posso mudar meu ponto de visão, se eu quero vê-la cheia trazendo a luz do sol à escuridão, eu sento e espero o tempo que for necessário para um dia ter a contemplação de tê-la por completo no espectro de minha visão.<br />
<br />
(DE LUÃ PARA À LUA, UMA CARTA.....)<br />
<b><br />
(PARA COMPLETAR UMA LETRA DE RAUL SEIXAS) : "LUA BONITA"</b><br />
<br />
Lua bonita,<br />
Se tu não fosses casada<br />
Eu preparava uma escada<br />
Pra ir no céu te buscar<br />
Se tu colasse teu frio com meu calor<br />
Eu pedia ao nosso senhor<br />
Pra contigo me casar<br />
Lua bonita<br />
Me faz aborrecimento<br />
Ver São Jorge no jumento<br />
Pisando no teu clarão<br />
Pra que cassaste com um homem tão sisudo<br />
Que come dorme faz tudo, dentro do seu coração?<br />
Lua Bonita, Meu São Jorge é teu senhor,<br />
E é por isso que ele "véve" pisando teu esplendor<br />
Lua Bonita se tu ouvisses meus conselhos<br />
Vai ouvir pois sou alheio,<br />
Quem te fala é meu amor<br />
Deixa São Jorge no seu jubaio amuntado<br />
E vem cá para o meu lado<br />
Pra gente viver sem dorBolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-11645210140699986092010-11-01T12:57:00.000-07:002010-11-01T12:57:04.856-07:00SONHO LÚCIDO: CONHECENDO O VELHO MORIBUNDOCerta vez, um velho moribundo que não sei exatamente seu nome <br />
Sentou-se numa calçada rígida e fria no pleno desembocar do crepúsculo vespertino da tarde da Sexta-Feira de 1986 bem em frente à Praça da República de certa cidade multifacetada e oniricamente confundível com uma cornucópia abundante de representações e significados entrelaçados.<br />
Assegurou-lhe em estar concentrado no ultimo fio de pensamento que brotara do decorrer de sua lenta e vagarosa morte já então esperada. <br />
Em seu rosto, jaziam expressões entorpecidas de gozos emocionais misturados em diferentes espaços e tempos encravados na memória por dezenas, centenas ou milhares de experiências bem ou mal sucedidas. <br />
E como vibrava a superfície do seu corpo a cada suspiro bem sucedido... Cada compartimento sensorial respondia de maneira verossímil a os estímulos emocionais ligados ao sutil vai-e-vem de seu respirar. <br />
E os olhos... Um olhar distante, profundo, sem superfície, direcionados em múltiplas dimensões jamais entendida ou compreendida por um outro ser naquele momento.... Seus olhos quase nunca se fechavam, esquecera de piscar os olhos, pois... Talvez, o medo de não poder abri-los novamente o fez degustar das ultimas freqüências das cores imanadas por toda parte. Ou talvez Compreendesse tarde demais a beleza desta sensação. Perplexo, identificado, logo, fascinado ele implora por mais um grão de tempo daquela ampulheta miserável que mostrara sua face minutos atrás. E o olhar? É um olhar para frente e para trás indo e vindo do presente ao abismo infinito. <br />
Agora deitado, entregue a natural maneira de ser morto ainda ele pensa. Pensa para onde vai o pensamento... Pensa se aquele pensamento que tinha abraçado nos meandros da morte ficará cravado em alguma tabula para um dia irromper os espaços e os tempos. Pensa se tudo aquilo já não é mais, ou talvez jamais fora um dia. <br />
Quando acordei na madrugada compreendi para que serve os sonhos.......Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-45053150356565949692010-10-30T13:29:00.001-07:002010-10-30T13:29:13.260-07:00e ai?Amigo me tire uma dúvida:<br />
Será que sou viado?<br />
Noite passada, dormi bêbado e acordei com Deus ao meu lado!Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-73327504578338807612010-09-22T16:33:00.001-07:002010-09-22T16:33:31.760-07:00O amor é a força que me move!Dia após dia, eu espero o amor despertar,<br />
Como se tivesse dormindo, dentro de mim,<br />
Como se estivesse esperando a hora certa,<br />
Como se estivesse apenas descansando,<br />
Acumulando energias para explodir um dia.<br />
Dia após dia, sinto a ansiedade deste desejo.<br />
E o tempo se vai, devagar, sucinto, que nem percebo;<br />
E o tempo leva tudo com ele, amigos, paixões, felicidade....<br />
E o tempo gera o medo. E o medo traz a impotência;<br />
E pelo medo, o amor tem que sair das profundezas do abismo interior.<br />
E nos iludimos facilmente. O que eu sempre quis foi amar!<br />
E abrimos a nossa própria cova. O que eu sempre quis foi realizar!<br />
E bêbados ficamos. O que eu sempre quis foi que eu sempre quis!<br />
E pelo medo se realiza este amor.<br />
A mercê de alguém me tornei.<br />
Dependente de alguém eu fiquei.<br />
Impotente de mim eu virei.<br />
E o amor é a força que me move agora.<br />
E a força agora é centro desta fraqueza. <br />
Assim, a “besta” interna tenta a minha mente descontrolar.<br />
Ela não está dormindo, sua fome é tamanha que não ao menos quer descansar.<br />
O tempo uma hora ou outra levará tudo, levará o amor embora, tudo tem seu tempo<br />
Mas os meus demônios interiores ficarão até o ultimo suspiro desta miserável existência.Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-36659718371930435842010-09-20T16:25:00.000-07:002010-09-20T16:25:39.156-07:00Três momentos de uma vida moderna!O nascer! O sol que dá á luz um novo dia.<br />
Como o sol, levantamos-nos todas as manhãs. <br />
Para cada dia tornar-se novo! Um novo nascer!<br />
Para cada nascer, um novo! Um novo dia!<br />
<br />
Saudades, dias passados que não mais nascerão!<br />
Águas passadas, rios sem água, noite sem luz, escuridão!<br />
Nostalgia da luz que fora brilhante um dia. Escuro clarão!<br />
Os demasiados dias em que os nasceres velhos serão!<br />
<br />
Esquecimento é, pois, a única certeza da demasiada mudança.<br />
O velho refugiou-se em seu único abrigo, de sua saudade!<br />
Escolheu esquecer, sofreu, gemeu o enfermo da felicidade.<br />
Que escapou de sua posse mediante a lentidão violenta do tempo!<br />
<br />
A novidade é a fraqueza da alma!<br />
O moderno também envelhece!Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-11228048573675854852010-09-14T16:10:00.001-07:002010-09-14T16:31:18.385-07:00Eis a miséria dessa noite!“Eis a miséria dessa noite: é o caminho austero do poeta demasiado poeta”<br />
- Indaga-se o “Dorminhoco” beirando um sonho alheio.<br />
Pulando sem parar, ressoando propositalmente seu sapateado nos interstícios desse e daquele sono. Aqui e acolá, levando ao “Sonhador” a mensagem: eu vim aqui para nutrir-me de sua paz, de seu sono, de seu sonho, de você. Advenho comer e beber o seu desalento, demasiada fome, demasiada cede, até vomitar, “defecar” e urinar todo meu prazer.<br />
<br />
- (Sonhador)<br />
<br />
Acorde dorminhoco! Levanta-te!<br />
Desperte desse agouro e siga a ti mesmo!<br />
Palhaço da meia-noite! Saia daqui! De mim! De ti!<br />
Não seja fraco a ti mesmo!<br />
Liberte-se de seus orgasmos!<br />
Desvie de seus vícios e não se prenda ao sono profundo.<br />
O sono que pairou sua vida inteira.<br />
O sono que te ensinou a felicidade fugidia.<br />
O sono que enganou dos deuses ás bestas<br />
O sono que fez dos homens formigas<br />
É o mesmo sono que fez surgir o sonho e a mim.<br />
<br />
- ( Dorminhoco)<br />
<br />
Eu durmo e não consigo acordar. Durmo e nem mesmo consigo dormir!<br />
Esta é a miséria dessa, daquela e doutras vindouras noites!<br />
Suas palavras, “sonho”, o que me dizeis?<br />
Estão demasiadas simples para eu compreender-te!<br />
Culpo o meu desespero. Culpo ao prazer de saciar este vício de alfinetar a tranqüilidade alheia!<br />
É o gozo da felicidade instantânea que almejo todas as noites.<br />
<br />
-(Sonhador)<br />
<br />
Tu incomodaras meu sossego!<br />
Tu tentas vir a extirpar as minhas utopias!<br />
E não sabe que dormir e sonhar jaz no mesmo sono!<br />
Acorde para sonhar dorminhoco!<br />
E vá titubear com seus sapatos barulhentos longe daqui!<br />
<br />
-(Dorminhoco)<br />
<br />
Ai dos homens que não conseguem sequer descansar!<br />
Ai dos homens que dormem!<br />
Ai dos homens que sonham acordados!<br />
Ai dos homens que sonham dormindo!<br />
Ai dos homens que sonham!<br />
<br />
Se O barulho das muriçocas desconcentra-te antes de dormir, ai de sua sanidade quando vier a primeira picada.Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-17573163153456159212010-08-02T06:09:00.001-07:002010-08-02T07:36:30.970-07:00Batas-asas BesouroO agouro é presente <br />
Nos Gemidos vindouros.<br />
No coração d’agente<br />
Batas-asas besouro.<br />
<br />
O agouro de novo<br />
Livro negro do amor<br />
Uma cruz, uma luz. <br />
Poça de pus. Corpus Reluz!<br />
<br />
Zunindo a carrapeta <br />
Mortalhas de concreto<br />
Os silvos longínquos <br />
E os olhos no teto<br />
<br />
O inocente tem sua culpa.<br />
O velho tem a sua morte.<br />
O sofrer alheio faz sentir-me uma mosca sem azas.<br />
E ainda me sinto livre e vivo.Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-75247902645709272132010-07-10T11:40:00.000-07:002010-07-10T17:19:49.595-07:00Vinte e um anos em busca da felicidade21 anos à procura, de busca incessante, de violência, da consumidora felicidade. E não sei até quando meus cigarros diários ainda fumegarão a meu prazer.<br />
<br />
São vinte e um anos de idade de batalhas, de inquietação, de ansiedade. E quando o peixe pula fora do aquário não fica livre nem para respirar.<br />
São, mais uma vez, vinte e um anos de idade de sonhos inacabados cortando o silêncio de um ser indefeso de extrema relevância para o mundo moderno.<br />
<br />
São três anos de independência, de experiências, de planos. E a cada dia um outro dia seguido de um outro novo totalmente igual aos novos dias passados.<br />
<br />
Meus aniversários foram vinte e uma comemorações fracassadas como os galos no poleiro do quintal frustrados por serem aves e nem sequer poderem voar.<br />
<br />
Buscar a felicidade significa ser feliz momentaneamente. Quando feliz um dia eu ser, murcharei de tristeza até que o mal me aconteça a menos para retornar à minha ansiedade mórbida de viver.Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-4191113889168593592010-06-28T10:40:00.001-07:002010-06-28T10:55:56.800-07:00No empoeirado álbum da famíliaEu pus meus olhos no passado<br />
Eu reconheci um dos nossos retratos<br />
Tantas falhas, tantas manchas, <br />
Tantas marcas, memórias,<br />
Momentos enviesados<br />
Numa velha folha de papel<br />
<br />
<br />
O presente já se foi, no segundo que passou<br />
O futuro já virou o presente que restou.<br />
<br />
Encarcerados no presente, imediato, tangível eloqüente <br />
Abstrata sensaçãoBolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-42529440558949246352010-04-06T11:12:00.001-07:002010-09-20T18:28:22.463-07:00SolidãoEu quero ser ouvido<br />
Nem que eu cante a mais alta música<br />
Ao menos para ouvir a mim mesmo.<br />
<br />
Eu quero ser visto<br />
Nem que eu compre o maior espelho<br />
Ao menos para ver a mim mesmo.<br />
<br />
Eu quero ser sentido<br />
Nem que eu faça um talho no peito<br />
Ao menos para sentir a mim mesmo.Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-81068198620175921852010-04-05T10:13:00.000-07:002010-04-05T12:47:02.096-07:00Amor Platônico ou Amor Demoníaco?O Amor perseguiu o Coração durante semanas e:<br />
<br />
Entrou em sua casa<br />
Comeu sua comida<br />
Bebeu sua água<br />
“(Re)virou” sua vida.<br />
<br />
O Amor atormentou o Coração durante semanas e:<br />
<br />
Conheceu suas fraquezas<br />
Abriu suas entranhas<br />
Entendeu suas manhas<br />
Destruiu suas defesas. <br />
<br />
O Amor deixou o Coração em semanas e:<br />
<br />
Estuprou sua consciência<br />
Violentou o seu corpo<br />
E trouxe-lhe a demência.Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-13952636049533604102010-04-05T07:40:00.000-07:002010-04-05T07:40:13.337-07:00Obra PrimaEu me Construo:<br />
<br />
Diante de seus olhos!<br />
Diante de sua boca!<br />
Diante de seu ouvido!<br />
Diante de seu nariz!<br />
Diante de suas mãos!<br />
Dentro de seu corpo!<br />
Dentro de sua cabeça!<br />
Dentro de seus braços!<br />
Dentro de seus sentimentos!<br />
Dentro da sua percepção!<br />
<br />
E, tu não percebes que eu sou um processo.Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-4045571876325823652010-04-03T09:36:00.000-07:002010-04-03T09:36:50.451-07:00Eu quero a morte desse cigarro.Entre o vício e o prazer<br />
jáz o desconforto de um <br />
ato hedônio.<br />
<br />
Entre os dedos firma-se o odor<br />
Dentre os dentes infiltram-se a cor<br />
E no ar a sensação.<br />
<br />
Outrora, a beleza era sinônima<br />
Um elo que detavalha os verdes e maduros<br />
<br />
Hoje, os pecos. <br />
Os pecos no outro lado do muro.Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-35458383564547071992010-04-03T08:19:00.000-07:002010-04-03T14:26:47.003-07:00A idéiaÉ dificil criar<br />
A mais leve palidez<br />
De uma imácula expressão<br />
<br />
É mais duro ainda <br />
Ser o único, o tal,<br />
O impensado.<br />
<br />
Por traz desses dedos fervilhantes<br />
Há um perigo constante de um plágio<br />
bem sucedido.<br />
<br />
E a cópia? Oh cópia tu és agora<br />
um simulacro. A criação não passa<br />
de uma ilusão onírica.<br />
<br />
A reprodução deu sentido à vida.<br />
E as palavras como tal, tão vivas,<br />
tendem à ser reproduzidas.Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-20949545649222918432010-04-01T12:12:00.000-07:002010-04-03T14:28:39.547-07:00O Algo!Hoje eu tentei ler "algo"<br />
e não consegui.<br />
<br />
Liguei a Tv para ver "algo"<br />
e não encontrei.<br />
<br />
Tentei andar pelo bulevar<br />
e o "algo" não apareceu.<br />
<br />
Por tão agorisante que eu esteja,<br />
eu sei, preciso de "algo"!Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8546584645081608152.post-20176944182824942010-03-31T07:35:00.000-07:002010-04-01T16:41:46.670-07:00O homem que foi despedaçadoEu fui despedaçado.<br />
Meus estilhaços viraram estilhaços deles mesmos<br />
Impossíveis de serem colados.<br />
<br />
Um quebra-cabeça de mim<br />
Uma brincadeira astuta<br />
Uma conversa fiada<br />
Uma história sem meio e sem fim.<br />
<br />
Um discurso anônimo<br />
Uma causa sem efeito<br />
Um efeito sem causa<br />
Um ator sem ato.Bolo de Pirão Perdidohttp://www.blogger.com/profile/04446628123749972091noreply@blogger.com0