quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O amor é a força que me move!

Dia após dia, eu espero o amor despertar,
Como se tivesse dormindo, dentro de mim,
Como se estivesse esperando a hora certa,
Como se estivesse apenas descansando,
Acumulando energias para explodir um dia.
Dia após dia, sinto a ansiedade deste desejo.
E o tempo se vai, devagar, sucinto, que nem percebo;
E o tempo leva tudo com ele, amigos, paixões, felicidade....
E o tempo gera o medo. E o medo traz a impotência;
E pelo medo, o amor tem que sair das profundezas do abismo interior.
E nos iludimos facilmente. O que eu sempre quis foi amar!
E abrimos a nossa própria cova. O que eu sempre quis foi realizar!
E bêbados ficamos. O que eu sempre quis foi que eu sempre quis!
E pelo medo se realiza este amor.
A mercê de alguém me tornei.
Dependente de alguém eu fiquei.
Impotente de mim eu virei.
E o amor é a força que me move agora.
E a força agora é centro desta fraqueza.
Assim, a “besta” interna tenta a minha mente descontrolar.
Ela não está dormindo, sua fome é tamanha que não ao menos quer descansar.
O tempo uma hora ou outra levará tudo, levará o amor embora, tudo tem seu tempo
Mas os meus demônios interiores ficarão até o ultimo suspiro desta miserável existência.

3 comentários:

  1. ainda que não se queiram falar sobre o amor , é ele a força motriz invisível que nos empurra pra frente , nos joga pra trás - enfim , nos move ;]
    belo texto !

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  2. Não gosto muito do amor por justamente manter o indivíduo incapaz de controlar suas próprias ações, quando ele existe de fato é claro. Esse sentimento é assustador, da mesma forma que fornece a plena e pura felicidade...

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